domingo, abril 16

Religião não é a único meio de conhecimento

Ciência e Religião parecem termos opostos e inconciliáveis, mas suas dimensões se atraem e se repelem mutualmente. Talvez seja por ambos buscarem a Universalidade, com o intuito de propagar o conhecimento a todas as pessoas. Há aqueles que idolatram a razão, proferindo nela as explicações dos mistérios da vida, em contrapartida, tem-se aqueles que limitam as investigações científicas por acreditar que a única verdade, a única forma de explicar o mundo é a partir do divino. do sobrenatural. Dentro do campo da Psicologia, há diversas correntes de pensamento que buscam compreender o ser humano em seu aspecto social, psicológico, cultural e ambiental. Afim de estudar o comportamento observável do ser humano, John B. Watson em 1913 desenvolveu diversas teorias, criando assim, o Behaviorismo, que o mesmo queria fazer tornar uma ciência do comportamento e que o objeto de estudo da Psicologia, fosse também o comportamento. Porém, pela amplitude das diversas escolas de pensamento dentro do campo da Psicologia, não pode ser possível, definir um objeto de estudo, tendo em vista, uma Psicologia pré paradigmática. Na ideia de ser possível uma ciência do comportamento, está implícito que o comportamento, como qualquer outro objeto de estudo científico seja passível de observação, podendo ser ordenado, explicado, previsto e controlado, desde que se tenha os meios necessários.

Objetivo teórico: Predição e Controle do comportamento
Objetivo teórico é a predição e o controle do comportamento - Watson, fundador do Behaviorismo.

O determinismo, é um fator predominante nesta abordagem, onde o comportamento é determinado pela hereditariedade e pelo ambiente. Diferentemente, do livre arbítrio, onde muitas religiões pregam que somos interalmente livres para fazer nossas escolhas. "Fiz porque quis".
O determinismo parece ir contra a tradições culturais de longa data, pois, o comportamento o modo de agir, é influenciado pela carga genética e pelo meio. Já o livre arbítrio, afirma que a escolha não é uma ilusão, que são as próprias pessoas que causam o comportamento.

Donald Hebb tentou conciliar o livre arbítrio e o determinismo, 1904 - 1985.

Segundo Hebb, o livre arbítrio depende da hereditariedade e da história ambiental, porém, ele resulta unicamente da herança e do meio, fazendo com que o livre arbítrio seja apenas uma experiência ilusória e não uma relação causal.
Pode parecer que uma criança de classe média que veio de um lar saudável, mas que se envolveu no mundo do crime, tenha feito essa escolha livremente, mas um determinista, diria que após investigações profundas sobre o passado genético e ambiental daquele indivíduo, levarão as respostas para tal comportamento.

Se Deus faz tudo e sabe tudo antes de acontecer, como pode alguém fazer alguma coisa livremente? Santo Agostinho - Teólogo e Filósofo dos primeiros anos do Cristianismo.

A solução teológica é que Deus, mesmo com sua onipotência, ele nos dá o livre arbítrio. Resposta insatisfatória, pois não resolve o paradoxo. O livre arbítrio implica também a imprevisibilidade. Se meu livre arbítrio resulta na escolha de meu comportamento, devo saber claramente o que vou fazer. Isso exige conhecer minha vontade, é difícil ver como uma vontade desconhecida pode ser livre. Se decido não ir a aula e sei que essa é minha vontade e minha vontade causa meu comportamento, deveria ser capaz de prever meu comportamento perfeitamente.
Como a disputa entre o determinismo e o livre arbítrio não pode ser resolvida, o debate se apoia em argumentos relativos ás consequências da adoção de uma ou outra.


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